terça-feira, 1 de dezembro de 2015

As Artes Marciais na Infância

As Artes Marciais são disciplinas físicas e mentais com um importante passado e história de compromisso, dedicação, respeito e disciplina. Têm como objectivo o desenvolvimento pessoal e físico dos seus praticantes. Actualmente, as artes marciais são praticadas por diferentes razões que incluem o desporto, a saúde, a defesa pessoal, o desenvolvimento pessoal e social, como disciplina da mente, formação de carácter, melhoria do equilíbrio e coordenação, auto-estima, etc.

São modalidades muito completas enquanto formas de expressão do ser humano. Podemos encontrar o  Aikido, Jeet Kune Do, Jiu-jitsu, Judo, Karate, Shorinji Kempo, Kung Fu, Tai Chi Chuan e muitas outras modalidades que, cada vez mais, estão em voga e divulgação no Ocidente devido ao acelerado ritmo das nossas vidas.




As artes marciais são também uma óptima escolha para as crianças sobretudo aquelas que têm alguns desafios de comportamento, agitação, irritabilidade e irrequietude. Também para as que têm mais dificuldades com regras e limites. Além dos benefícios físicos óbvios, as Artes Marciais desenvolvem importantes skills (competências) nas crianças, principalmente a disciplina. O professor ou "Sensei" ensina muito mais do que só a técnica. Ajuda a mudar e moldar o carácter do aluno. Desta forma e trabalhando em equipa, a confiança e o respeito do próximo são desenvolvidos. 

Dos 2 aos 6 anos a arte marcial deve ser ensinada de forma totalmente lúdica. Dos 6 aos 12, havendo maior percepção, começa-se a treinar a disciplina da modalidade. 



Estas práticas permitem à criança uma maior evolução da sua condição física, coordenação motora e dos reflexos. Trabalham o Sistema Imunitário, a mobilidade das articulações mas também a auto-estima, auto-confiança, disciplina, respeito, resistência à frustração, estabelecimento de limites, reduz a ansiedade e equilibra as emoções.

É importante saber-se que estas são práticas de superação individual e respeito pelo outro. Não devem incentivar a violência mas a resiliência. 

Tatiana Santos
Psicóloga Clínica e da Saúde

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